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Primavera Casa Lúpulo

Primavera Casa Lúpulo

A Primavera chegou atrasada pra mim nesse ano tão atípico. Lá no final de setembro, a tensão de antes da eleição não deixava sobrar nem tempo e nem inspiração pra pensar em músicas que remetessem à renovação da estação. Depois, mal tinha passado o alívio do segundo turno, a partida repentina da Gal Costa também me deixou mais triste do que imaginava.

Mesmo assim, nesse tempo todo, estive construindo uma trilha sonora pra receber a Primavera na Casa Lúpulo. Queria uma coisa festiva, positiva e agradável tanto pra quem tivesse prestando atenção na música quanto pra quem tivesse interessado nos encontros e nas conversas – que, afinal de contas, são o que mais importa num bar. E, óbvio, que parecesse com a Casa Lúpulo.

Achei que a seleção ficou diversa, mas com transições fluidas, sutis entre estilos e temas.

Como são 200 músicas, coloquei a lista numa página separada para não dificultar a rolagem de quem chegar aqui por acaso. Você pode ver todas clicando aqui.

É uma delícia e um orgulho escolher músicas pra tocar num lugar tão especial. Nesses quase dez meses, o bar tem fixado sua identidade como um espaço acolhedor, inclusivo, afetivo, engajado e que valoriza os pequenos produtores, o empreendedorismo feminino e feminista, além das relações com o entorno.

Importante lembrar que, de terça a sábado, estão trabalhando na Casa Lúpulo as pessoas que eu mais amo no mundo. E que a Casa Lúpulo está na Vila Buarque (Rua Major Sertório, 282), mesmo bairro que eu escolhi pra morar – e que meus pais em breve também vão morar – e o lugar que eu mais amo em São Paulo por motivos que vão além de um bairrismo vazio.

Enfim, estou escrevendo isso tudo pra dizer que essa é mais uma playlist feita com muito amor. Pelas pessoas, pelo que está sendo construído na Casa Lúpulo, pelo bairro. Espero que isso chegue em quem ouvir. ❤

Toca aqui:

Ouvir na Deezer   Ouvir no Spotify

Gal

Gal

Nesses dias não tem tema, não tem playlist, não dá vontade de indicar ouvir ninguém que não Gal Costa.

Acredito que a quarta, dia 09/11/2022, vai ficar como aqueles dias em que a gente vai lembrar o que estava fazendo, por quem soube e o que fez depois de saber da morte de alguém não só famoso, mas, principalmente, muito importante na história de cada um.

Fiquei sabendo pelo Instagram da Folha e exerci o negacionismo: não acreditei. Fui no perfil da Gal no Instagram e não tinha nada. Pelo contrário, tinha repost de reel do Rodrigo Faour, foto recente, vídeos de arquivo. Tudo normal.

Vim acreditar pelo rádio, com a cobertura da CBN ao longo do dia e da Cultura Brasil no programa da Fabiana Ferraz. De lá pra cá tenho ouvido pelo menos algum podcast por dia que encontro falando da trajetória dela.

Tinha comprado ingressos pro festival da NovaBrasil FM, que aconteceu no mês passado, por causa do show dela – foi o primeiro compromisso cancelado por “motivo de saúde”. Ninguém imaginava que ela não estaria de volta depois de novembro.

Aliás, pra sexta, estava esperando o lançamento de um remix de “Flor de Maracujá” que li crítica positiva outro dia na coluna do Mauro Ferreira no G1. A versão original já teria tudo a ver com a playlist pronta, mas talvez o remix tivesse mais ainda.

Enfim, se indico algo, é a indicação do episódio do Café da Manhã da Folha no Spotify, que a Priscila Pessoa me indicou e que eu já tinha ouvido. Indico porque fala sobre como a obra da Gal refletiu, em casa fase, o momento que o país passava; me fez entender de uma forma diferente a unidade que existe num repertório tão diverso.

Além disso, indico você ouvir o que quiser da Gal. Os álbuns que gostar mais, as músicas que gostar mais, tudo. Por aqui o que não faltam são playlists com canções dela.

Aliás, em tempo: a Priscila, que me indicou o episódio do Café da Manhã, fez uma playlist comigo na virada de 2019 pra 2020 que, coincidentemente, abre com um clássico da Gal.

Semana que vem posto a playlist que estava esperando o remix de “Flor de Maracujá” – com a versão nova ou com a original. Ou posto uma nova que estou terminando pra Casa Lúpulo, que, obviamente, também já tinha algumas aparições da Gal.

Em tempo (2): quinta, voltando do trabalho, passei na Casa Lúpulo. Minha mãe comentou que não imaginava que ficaria tão triste. E a minha irmã colocou Gal Costa pra tocar, desde quarta.

#toca13 pra comemorar

#toca13 pra comemorar

Pois é, Brasil. As eleições passaram, tá acabando esse momento do Brasil e voltando outro momento que, no mínimo, há de ser muito mais humano que o atual.

Com alívio, volto com essa playlist que tinha feito pra tocar depois do primeiro turno, mas que precisou ser adiada.

Volto pra tocar alguns clichês que talvez até já estivessem enjoando durante a campanha, mas que chegam agora com a alma lavada de comemoração, sem aquela tensão que fez com que o mês passado durasse um ano.

São Paulo não elegeu o governador que eu votei, mas espero que o eleito faça um governo bom. Não é nada difícil ser melhor menos pior que o do padrinho – esse, sim, o essencial a ser expurgado.

Tinha algumas playlists majoritariamente de música brasileira entaladas pra postar num outro Brasil. Volto a ter vontade de postar a partir de agora.

A gente sabe que não vem perfeição a partir de 2023. Mas vem reconstrução, vem uma nova perspectiva de amor, de respeito e de crescimento. Que venha um Brasil melhor! Foram quatro anos tão pesados, a gente merece – e precisa – mudar.

O que tem?

Simone – Tô Voltando (1979)
Alceu Valença – Anunciação (1983)
Novos Baianos – Brasil Pandeiro (1972)
Mestre Ambrósio – Povo (2001)
Beth Carvalho – Samba de Arerê (ao vivo) (1999)
Gonzaguinha – E Vamos à Luta (1980)
Leci Brandão – Zé do Caroço (1985)
Xande de Pilares – Tá Escrito (2019)
Martinho da Vila – Canta Canta, Minha Gente (1974)
Samba de Rainha – Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua (2010)
Moraes Moreira – Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira (1979)
Caetano Veloso – É Hoje (1983)
Barão Vermelho – Pro Dia Nascer Feliz (1983)

Toca aqui:

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Efemérides

Efemérides

E não é que eu deixei passar a efeméride?

Sim, uma coisa que eu aproveito pouco é o timing de postar algo que converse com algo que tá acontecendo no mundo. Em setembro, a efeméride eram os 100 anos da primeira transmissão oficial de rádio no Brasil.

Nesse post aqui poderia falar disso, já fora do timing, mas quero falar de outra efeméride que me fez dar mais essa pausa. Assim como em 2018, o período eleitoral me deixa ansioso e dedicando muito tempo – às vezes mais até do que o saudável – em saber o que tá acontecendo, o que pode acontecer… Enfim, sobre tudo relacionado ao processo eleitoral. Passo a maior parte do tempo livre escutando podcasts sobre política, vendo canais de notícia na televisão etc.

Confesso que fiz uma playlist pra comemorar o resultado que ainda não saiu. Espero postar. Tenho outras pra novembro com clima solar, mas agora estou só ansioso com o que pode vir depois do dia 30.

Não custa deixar claro: meu voto no primeiro turno foi pro Lula, no segundo também será e eu nem consigo cogitar um segundo mandato do atual presidente, com um congresso ainda mais conservador – e já comprado com o orçamento secreto, de longe o maior escândalo de corrupção da História do Brasil – e com a possibilidade de aumentar o número de ministros do STF pra ter maioria em todos os poderes. Não consigo entender quem possa achar isso saudável num regime democrático.

Sobre essa efeméride, é isso. Sobre rádio, e pra não ficar sem falar de música, quero indicar uma categoria de playlists daqui pensada em programação musical de rádio. Seja fazendo releitura da programação de emissoras ou programas, seja pensando em programações utópicas de emissoras que não existem. Todas estão no menu Coleções, em Radiofonia.

E é isso. Esse espaço não está nem estará abandonado, tem muita coisa pra fazer aqui independentemente de como seja o país a partir de 2023. Mas, nesse outubro, sigo fora do ar.

O rádio FM em São Paulo nos anos 80

O rádio FM em São Paulo nos anos 80

Se você gosta de rádio, deve saber que, no último dia 7, completaram 100 anos da primeira transmissão oficial de rádio no Brasil, graças ao Edgar Roquette-Pinto, criador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (atual MEC AM).

Nesse mês, estou dando uma pausa no conteúdo normal do Toca fitas, depois de seis meses postando playlists toda semana, pra falar um pouco sobre rádio enquanto organizo novidades que estão por vir.

Quero começar resgatando um vídeo daqueles que postei em 2019 mostrando como era o dial FM de São Paulo na primeira metade dos anos 1980, início da popularização do rádio FM no Brasil.

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