Ainda é difícil assimilar a partida da minha mãe, mas desde quando recebi a notícia tenho a sensação de que aquele dia marcou o fim de uma vida pra mim e que outra vida começaria a partir dali. Outra vida que, por enquanto, ainda não tá formatada, existe mais recolhendo os cacos e fazendo o possível. Mas é outra vida.
Outro dia, minha irmã postou algo sobre o luto que me identifiquei muito. Ela disse que três coisas ajudam a viver nessa fase: o amor e carinho dos amigos (e das pessoas que amamos), a religião (no sentido de espiritualidade, da esperança de que exista algo maior e além desse plano que compense e justifique o que tá fora do nosso entendimento) e a arte. Acrescento uma quarta: o contato e convivência com bichos – mas aqui quero focar na terceira.
Como música é a expressão artística com a qual eu tenho mais identificação, vou continuar a selecionar nesse espaço músicas pra contar estórias que façam sentido pra mim e que eu ache que possam fazer sentido pra mais gente. E como agora é o começo de outra vida, não pretendo mais atualizar/recriar playlists antigas; quero deixar elas guardadas no momento e na vida em que foram criadas.
Mas, como toda regra tem sua exceção, já começo atualizando essa Abraço. Ela foi criada num contexto MUITO diferente e, mesmo assim, tem sido gostosa de ouvir agora, mas pedia por algumas alterações.
Abraço é autoexplicativa, é música que acolhe, que conforta.




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[…] pro Toca fitas, depois da partida da minha mãe, falei um pouco sobre essa mudança de vida numa atualização de outra playlist. Mais de um ano depois, sigo buscando fortalecer essa ligação entre vida que eu tive e quem eu […]
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